Desde
os primórdios da história
No
princípio do pensamento
Cresceu
de uma forma notória
O
humano desenvolvimento.
Brilhou
uma luz na inteligência
A
civilização criou memória
E
a cultura fez-se a essência
Desde
os primórdios da história.
Pela
força da imaginação
À
chuva, ao frio, ao calor e ao vento
Surgiu
a obra da criação
No
princípio do pensamento.
O
género humano em deriva
Tornou-se
espécie meritória
E
a sua experiência criativa
Cresceu
de uma forma notória.
Surgiram
no mundo os valores
Para
que houvesse entendimento
Mas
regrediu, entre favores,
O
humano desenvolvimento.
Por
interesses de sustentação
Cresceu
a força do haver
E
na lógica da ambição
Nasceu
o império do poder.
Cada
povo inventou o Estado
E
o Estado dominou os povos
E
na incultura do seu legado
Ressurgiram
horizontes novos.
Há
povos que ficaram fortes
A
maior parte subjugados
Por
não terem as mesmas sortes
Que
tiveram os predestinados.
Os
fortes emergem ao de cima
Oscilando
ao sabor da aragem
E
os fracos, por não terem estima,
Não
têm estofo nem bagagem.
Em
todos os combates e dilemas
Desnudam-se
logo as paixões
Com
ardis e estrategemas
Que
dão grandeza às emoções.
Por
estas razões é qu´ há guerras
P´
ra disputa de territórios
Não
há nem más nem boas terras
Há
apenas céus e purgatórios.
Mas
se há povos que vão ao fundo
É
por incúria dos governantes.
E
tudo vai assim neste mundo:
Uns
são heróis e outros farsantes!
Frassino
Machado
In
MUSA VIAJANTE
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