terça-feira, 12 de maio de 2015

ODISSEIA DOS POVOS




Desde os primórdios da história
No princípio do pensamento
Cresceu de uma forma notória
O humano desenvolvimento.

Brilhou uma luz na inteligência
A civilização criou memória
E a cultura fez-se a essência
Desde os primórdios da história.

Pela força da imaginação
À chuva, ao frio, ao calor e ao vento
Surgiu a obra da criação
No princípio do pensamento.

O género humano em deriva
Tornou-se espécie meritória
E a sua experiência criativa
Cresceu de uma forma notória.

Surgiram no mundo os valores
Para que houvesse entendimento
Mas regrediu, entre favores,
O humano desenvolvimento.

Por interesses de sustentação
Cresceu a força do haver
E na lógica da ambição
Nasceu o império do poder.

Cada povo inventou o Estado
E o Estado dominou os povos
E na incultura do seu legado
Ressurgiram horizontes novos.

Há povos que ficaram fortes
A maior parte subjugados
Por não terem as mesmas sortes
Que tiveram os predestinados.

Os fortes emergem ao de cima
Oscilando ao sabor da aragem
E os fracos, por não terem estima,
Não têm estofo nem bagagem.

Em todos os combates e dilemas
Desnudam-se logo as paixões
Com ardis e estrategemas
Que dão grandeza às emoções.

Por estas razões é qu´ há guerras
P´ ra disputa de territórios
Não há nem más nem boas terras
Há apenas céus e purgatórios.

Mas se há povos que vão ao fundo
É por incúria dos governantes.
E tudo vai assim neste mundo:
Uns são heróis e outros farsantes! 

Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE


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